sexta-feira, 14 de março de 2014

EUA X Russia: a Raposa e o Porco-espinho

As ações da Russia em relação à crise na Ucrânia desencadearam uma reação de espanto e indignação nos Estados Unidos atingindo, praticamente, todos os setores da sociedade (partidos democrata e republicano, a mídia, analistas políticos e os think tanks) de modo a reavivar uma narrativa de confronto que não se via desde os tempos de Reagan no início da década de 80. Ora, o que Obama e seus conselheiros esperavam de Putin após o apoio que os EUA e União Europeia deram para derrubada de um presidente eleito (pró-Rússia) em um dos países mais importantes para a economia e a política russa?

Stephen Walt avalia que essa atitude revela uma combinação de arrogância e ingenuidade. Poderíamos acrescentar o termo hipocrisia já que (quem diria) o direito internacional tornou-se “muito popular” em Washington com a crise na Ucrânia justamente do país que mais tem desrespeitado asnormas internacionais.
Na verdade, as narrativas da diplomacia frequentemente utilizadas pelas grandes potências nada mais são do que tentativas de obter vantagens táticas chamando ao seu auxílio os cânones do direito internacional como principal fonte de legitimidade.

Vejamos como agem os EUA e Russia a respeito do princípio territorial. Todos nós sabemos que, de acordo com o Direito Internacional vigente, não se pode desmembrar um Estado sem o seu devido consentimento, nem muito menos ser invadido militarmente sem a devida autorização da ONU. Foi nesse sentido que a Rússia invocou os principios do Direito para criticar a ação militar da OTAN em Kosovo e, posteriomente, a declaração de sua independência como uma afronta à integridade territorial da Sérvia. É justamente no contexto pós-Kosovo que aparece Putin como aquele que teria a responsabilidade de evitar novas humilhações da Rússia perante os émpetos expansionistas do Ocidente.

Em 2006, foi a vez da Russia utilizar o exemplo de Kosovo a seu favor: Putin, então presidente, perguntou:“Se foi concedido ao povo de Kosovo o direito a ter um Estado independente, por que, então, devemos negar esse direito à Abkházia e à Ossétia do Sul?”. Ora, nada mais natural que Putin siga a mesma linha de raciocínio em relação à Criméia, justificando a defesa de cidadãos de outros países (responsabilidade de proteger) e a garantia da paz na região.

Bem-vindo ao jogo das grandes potências que usam, unicamente e exclusivamente, a linguagem do direito com o objetivo de legitimar suas ações estratégicas, seja na manutenção ou na alteração do status quo (situação vigente).

Portanto, se quisermos compreender quais as questões que realmente estão em jogo na atual crise devemos recorrer àqueles que pensam em termos de estratégia, como George Kennan, um dos pensadores norte-americanos mais notórios durante o período da Guerra Fria.  Logo após o término da Segunda Guerra Mundial, Kennan estabeleceu como objetivo compreender quais eram as motivações da conduta soviética.
Assim, elaborou a doutrina da contenção que, de maneira geral, pautou as ações dos EUA até a desintegração da URSS. Tal doutrina indicava que os EUA não deveriam entrar em confronto direto com os soviéticos, o que não significaria passividade, mas uma ação “política paciente, firme e vigilante de contenção às tendências de um eventual expansionismo soviético”.

Pois bem, o mesmo Kennan se manifestou no início da década de 90 alertando para o fato de que a expansão da OTAN era um grande equívoco.  Pois, à medida que as tropas militares se aproximassem das fronteiras russas, a confiança mútua seria destruída e os velhos medos retornariam com força total.
Infelizmente, durante todos esses anos, com governos democratas ou republicanos, os EUA, não seguiram os conselhos de Kennan no sentido de compreender as perpceções dos russos; pelo contrário, partiram para a expansão nas áreas consideradas sagradas pela Rússia: seu entorno de segurança. Atualmente, o debate nos EUA está pautado pelos Hawks (“falcões” na política norte-americana refere-se aos políticos que preconizam ações agressivas na política internacional) que pressionam o governo Obama a agir, de forma contundente em relação a Russia, para manter sua credibilidade seriamente abalada com a crise na Síria (avaliam como omissão de Obama).

Os Falcões se esqueceram de que a invasão militar da Georgia pelos russos aconteceu justamente durante o governo Bush?  Será que os Falcões iriam tão longe a ponto de propor uma guerra contra a Rússia, sem que os interesses e a segurança dos EUA estivessem ameaçados? Talvez eles saibam que, no fundo, isso é uma loucura e que a opinião publica se colocaria frontalmente contrária a essa proposta.

Deixando de lado os atuais estrategistas e políticos nos EUA, muito apropriadamente, a revista The Economist,  recorreu  à fabula da Raposa e Porco-espinho na tentativa de compreender qual o provável cenário. Tal como a raposa, o Ocidente conhece muitas coisas diferentes, mas não sabe o que realmente quer, enquanto Putin é como o porco-espinho que sabe apenas uma grande coisa, ou seja, que a Ucrânia, especialmente no sul e leste, pertence à Rússia, e irá soltar seus espinhos para mantê-la assim. Fonte: Reginaldo Nasser.

terça-feira, 7 de janeiro de 2014

A manipulação da sociedade

Verificou-se que no intervalo, o bar da sala de espetáculo, foi invadido por pessoas ávidas de refrescarem-se com a bebida indicada, acompanhando-a com Pop Corn.

Diariamente somos bombardeados pela publicidade; e ainda que muitos pensem o contrário, ela influi nas nossas escolhas e gostos.

Poucos conseguem pareceres, fruto de aturadas meditações. A maioria, exprime os conceitos do seu jornal ou da emissora de rádio ou TV, que habitualmente escuta.

O homem-massa não tem ideias nem opiniões; só imite pareceres, após ler o articulista preferido, ou depois de ter consultado o líder do partido político, em que se filiou ou que simpatiza. Mesmo assim receia, em regra, tomar posição. Prefere dizer: “ ouvi”, “dizem”, “ é o que consta” ou afirma categoricamente: “li no jornal”.

Os fazedores de opinião conhecem a fragilidade das massas e agem habilidosamente para influenciarem a opinião pública.

Esta que é acéfala, sempre pensa por cabeça alheia: pelo que está na moda.

E a moda, é ditada pela mass-media, que, conscientemente, vai “envenenando” a população, no intuito de aceitar o que meses ou anos atrás, reprovava.

A novela televisiva não serve apenas para entreter o nosso serão; o enredo é escrito, em geral, para alterar o pensar da sociedade.

A telenovela e o cinema, há muito deixaram de ser o espelho da vida quotidiana; transformaram-se em armas poderosas, que conseguem mudar opiniões e inculcar nova-moral e novos valores.

Assim como a “mentira”, tantas vezes “ martelada” no subconsciente, chega a parecer “ verdade”, também: conceitos, modas, vocábulos, atitudes e posturas, apresentadas na TV, conseguem que se aceite, o que antes indignava.

Os políticos e os publicitários conhecem esse extraordinário poder. Por isso, ao fazer-se referendo, por exemplo, sobre: o aborto, prepara-se a população para que tenha o parecer que lhes interessa.

Falo do aborto, mas podia falar de: homossexualidade, relações sexuais entre colegiais, e até ideologias políticas e religiosas.

Após a emissão de telenovela, que abordava a religião muçulmana, houve uma série de conversões ao islamismo, em território brasileiro.

Os observadores, mais atentos, avisam, que há meios de comunicação, a transmitirem programas e opiniões de figuras públicas, no propósito de incutirem novos modos de pensar, e abalarem convicções e valores há muito enraizados na população.

Não é de estranhar, que grupos económicos, partidos políticos e até grupos religiosos, estejam interessados em adquirirem: jornais, rádios e canais de televisão, para assim poderem facilmente manipularem a opinião pública.

Fonte: debatesculturais.com.br

domingo, 29 de dezembro de 2013

Que este ano que se inicia possamos colocar em prática as melhores idéias de 2013 as quais não foram realizadas. Essa é justamente a intenção desse blog, trazer para a reflexão boas idéias e, o mais importante, poder mudar para melhor nossa atitude diante no mundo. Feliz 2014!!

quarta-feira, 25 de dezembro de 2013

Por que prefeitos deveriam governar o mundo?

Uma palestra de Benjamin Barber, cientista político americano, fala sobre a descentralização de poder para as cidade e a problemática das relações entre nações. Mostrando como a atual organização política em estados-nações se tornou arcaica com as demandas do novo milênio, em que não existem reais fronteiras entre os países.

segunda-feira, 23 de dezembro de 2013

Razão e loucura: Apolo e Dionísio na mitologia Grega

Pode existir a razão sem sua antítese, a loucura? Que semelhança pode haver entre as nossas preocupações contemporâneas de estabelecer uma fronteira entre são e insano, normal e louco, racional e irracional, e as narrativas mitológicas gregas do século VI a. C.?

Os antigos gregos já se preocupavam com as mesmas questões nós, contemporâneos, e à sua maneira, procuraram fornecer respostas que nortearam a visão e os valores herdados por nós. Como os antigos gregos poderiam nos ajudar a compreender a origem de nosso pensamento sobre as relações entre a racionalidade e a loucura?  A mitologia, o estudo das narrativas mitológicas, ou mais especificamente das relações entre os deuses Apolo e Dionísio, podem ajudar-nos a compreender melhor estas questões. Quem eram eles?

Apolo e Dionísio eram irmãos, ambos filhos do mesmo pai: Zeus. E as semelhanças encerram por aqui. Convido o leitor a conhecer um pouquinho de cada um desses deuses tão distintos e assim compreender como a tradição mitológica grega abordou a separação entre razão e emoção, racionalidade e loucura, e qual o seu legado para nós em pleno século XXI.

Apolo:  a sábia razão

Apolo era o deus da beleza, da perfeição, da harmonia, do equilíbrio e da razão. Essa perfeição não era alcançada a não ser equilibrando forças opostas: a doença e a cura, o castigo e a proteção. Porém, não se iluda. Dizer que Apolo era o deus da harmonia e da perfeição não significa que fosse um deus benevolente. O conceito de deus bondoso e benevolente simplesmente não existia entre os antigos gregos. Os deuses da mitologia grega, à semelhança dos seres humanos, eram caprichosos, possuindo vícios e qualidades.

Apolo, poderoso e caprichoso, era temido por deuses e homens, e sua ira só podia ser aplacada por seu pai e sua mãe. Ao mesmo tempo que era o deus das pragas e das doenças, era o deus das curas e da proteção contra os males da natureza. A tradição mitológica conferiu-lhe um caráter civilizador por excelência, uma vez que sua violência foi apresentada como necessária dentro do universo para estruturar o cosmos a partir do caos.

Apolo era também o deus dos sonhos. Essa necessidade dos gregos pela experiência onírica atribui a Apolo o seu caráter divinatório. Não é à toa que lhe foi conferido o título de patrono do Oráculo de Delfos. Quem já não ouviu a famosa frase que estava gravada no pórtico de entrada do Templo de Delfos  – “Conhece a ti mesmo” ?

Estaria então a imagem de Apolo ligada a uma verdade universal superior somente passível de ser acessada através da experiência onírica, pois era através dos sonhos que as grandes verdades eram reveladas.
Apolo representava a iluminação fornecida pela sabedoria e, mesmo estando colérico e  mal-humorado, era a personificação da beleza (beleza física e de caráter). Ser belo para os gregos significava ser bom, já diz a expressão kalói kaí agathói (“os belos e os bons”) que posteriormente foi conferida aos arístoi (os aristocratas).

Dionísio: a louca emoção

Dionísio era o deus dos ciclos vitais, da alternância entre as estações do ano, das relações entre corpo e alma, da mescla entre o divino e o profano, das emoções descontroladas, da transgressão à ordem estabelecida, da embriaguez e das orgias.  Era o deus das festas, do vinho, da intoxicação que funde o bebedor profano ao âmago de seus sentimentos mais nobres.  Extremamente intenso, era visto com desconfiança pelos seus pares por seu caráter mundano, desregrado, ligado às tais loucuras da natureza humana.

Era o deus mais humano de todos, o que melhor representava a natureza humana que, frente às incertezas da vida cotidiana, na maior parte das vezes incompreensível, entregava-se aos vícios.  Regia a intensidade das paixões irrefreáveis que podia compreender a pureza e a beleza do Olimpo mesclada ao aspecto sombrio dos sofrimentos humanos.

Dionísio é visto como um desregrado, como um depravado, pelos demais deuses e inclusive pelos homens.  Porém, diferente de Apolo que via os homens a partir de uma perspectiva superior e distanciada, Dionísio estava entre eles, experimentando suas alegrias e padecendo seus sofrimentos.

Dionísio é comumente retratado na companhia de sátiros, centauros, ninfas, e mênades – mulheres levadas à loucura, intoxicadas  e violentas, que vagavam à noite pelas montanhas participando de atividades ritualísticas. O culto a Dionísio, os chamados Mistérios Dionisíacos, implicavam no uso de vinho para induzir transes e erradicar as inibições. O culto dionisíaco teve grande aceitação entre todos aqueles grupos que estavam à margem da sociedade: estrangeiros, foras da lei, escravos e mulheres.

Opostos ou complementares?

Apolo era o deus dos sonhos, do objetivo e do planejamento. Dionísio era o deus das intoxicações, das incertezas cotidianas, da existência efêmera, isto é, do que é finito, da própria mortalidade da existência humana. Ambos eram protótipos originais de toda a arte, de todas as formas de arte…

Apolo e Dionísio eram considerados manifestações distintas da mesma divindade. Apolo era a imagem do iniciado que estuda a natureza através da ciência (logos), símbolo da passagem da infância à vida adulta, a imagem do educador ideal, representante do sistema educacional grego (a paideia). Sua função era elevar a alma à esfera da verdade e à luz da razão.  Era signo da individualização, da constituição da personalidade no processo de formação do indivíduo. Dionísio, ao contrário, representava a fusão no outro, a submersão da sua identidade na identidade do outro, demonstrada no teatro pelo uso de máscaras (que esconde os rostos dos atores) e o uso do coro (que não permite distinguir uma voz de outra) onde cada um é apenas uma parte do todo.

O valor dos sonhos de Apolo consistia em definir o homem esteticamente sensível como um observador da vida, pois as imagens vistas em sonhos consistiam em si mesmas interpretações da vida. O sonho além de ser um prazer intenso era uma necessidade da vida, para compreender a própria vida.

O valor do caos de Dionísio:  o deus personificava a desordem irracional da existência humana, sua vitalidade, instabilidade e fugacidade, que consistiam em motores de propulsão dos sonhos apolíneos. Estes deveriam ser organizados para se tornarem compreensíveis e transmissíveis através do poder articulador e discursivo de Apolo.

O encontro de Apolo e Dionísio

A polaridade Apolo-Dionísio foi portanto associada às polaridades entre a ordem e a desordem universal, entre a razão organizadora e a loucura desregrada, entre o equilíbrio do pensamento e a instabilidade das emoções. A oposição entre Apolo e Dionísio consiste na dicotomia fundadora da compreensão moderna da psique humana, que ora é regida pelos impulsos racionais (apolíneos), ora pelos impulsos sexuais (dionisíacos). A expressão dessa polaridade alcança inclusive o domínio das artes: a arte apolínea é mais figurativa e clássica, a arte dionisíaca é mais poética e sensual.
Apolo é a ordem que brota do caos, que orienta o movimento dos planetas de acordo com os planos  divinos, que confere razão e sentido a cada uma das dimensões da existência. É o cuidado rígido e necessário para uma vida saudável. É hierarquia.

Dionísio é o caos que implode toda a ordem universal e relembra que nenhuma ordem é permanente, que a existência é efêmera, que tudo o que resta são momentos que devem ser vividos com espontaneidade e passionalidade. Não havendo garantia de estabilidade, aplaca o sofrimento com os vícios. É rebeldia.

Tão opostas são estas duas realidades quanto complementares. Apolo sonha, planeja, executa com uma rigidez que pode aniquilar a si mesmo.  Dionísio se intoxica, abandona-se ao caos existencial carecendo da ordem necessária para dar forma à sua inspiração. Ora alegre, ora sofredor, sua instabilidade o aniquila.

Levados às últimas consequências, cada uma dessas dimensões da psique humana tende a se implodir. Unidos, porém, Apolo e Dionísio explodem em um forte impacto inicial, um misto de  estranhamento e curiosidade um pelo outro, para então se fundirem e encontrarem o equilíbrio necessário à continuidade da existência.

sexta-feira, 20 de dezembro de 2013

O Contraste de Gerações


Embora as datas que marcam as gerações variem um pouco para diferentes autores, podemos considerar Baby Boomers as pessoas nascidas entre 1946 e 1964; a geração X, entre 1965 e 1979; a geração Y entre 1980 e 2000.


Várias gerações convivem na família, na escola, no trabalho, na comunidade. Há semelhanças e diferenças entre elas em várias questões tais como: valores e visão de mundo, modo de lidar com a autoridade, sentido de lealdade, expectativas, equilíbrio entre as diversas áreas da vida.


Ao traçar o perfil das diferentes gerações, corre-se o risco de fazer generalizações indevidas, uma vez que nem todos se encaixam nos esquemas propostos. Mas, em linhas gerais, especialistas dedicados ao tema apontam como características principais dos Baby Boomers o fato de terem sido jovens rebeldes que, em sua maioria tornaram-se adultos conservadores, embora não rígidos. Valorizam o status e a ascensão profissional dentro da empresa a qual são leais.


A geração X encontrou um cenário de mudanças na família, com pai e mãe trabalhando, sentimentos de culpa das mulheres pela ausência do lar, gerando dificuldades de colocar limites; no ambiente de trabalho, a tendência é de "fugir" da burocracia. A percepção de que adultos leais à empresa perderam seus postos estimulou a tendência de desenvolver habilidades que melhorem a empregabilidade, já que não se pode mais esperar estabilidade.


As pessoas da geração X tendem a ser individualistas, irreverentes, autoconfiantes; valorizam mais a lealdade a si mesmas, já que a aspiração de conseguir um emprego por toda a vida deixou de existir; são fáceis de recrutar, mas difíceis de manter. No ambiente de trabalho, gostam de variedade, desafios e oportunidades, querem trabalhar com liberdade, flexibilidade e criatividade, sentem necessidade de feedback.


Quando as pessoas da geração Y começaram a nascer, encontraram o Brasil passando por grande instabilidade econômica e, pouco depois, reinstalando a democracia. No cenário mundial, a cultura da impermanência, a falta de garantias, com mercados voláteis. A velocidade dos progressos tecnológicos e a globalização facilitaram a interconexão global, mas aumentaram a desigualdade social e econômica.

É a primeira geração da história a ter maior conhecimento do que as anteriores de uma área essencial: a tecnologia. Convivendo com a diversidade das famílias multifacetadas, tendo passado a infância com a agenda cheia de atividades e de aparelhos eletrônicos, as pessoas dessa geração são multitarefas, vivem em ação e administram bem o tempo. Querem trabalhar para viver, mas não vivem para trabalhar. Captando os acontecimentos em tempo real e se conectando com uma variedade de pessoas, desenvolveram a visão sistêmica e aceitam a diversidade.


Vivendo na era dos direitos da criança, as pessoas da geração Y tendem a ter boa auto-estima e a apresentar dificuldades de relacionamento com as figuras de autoridade. Reivindicam seus direitos, às vezes, com dificuldade de perceber os direitos dos demais, são curiosas, impacientes e imediatistas.

A percepção de múltiplos pontos de vista, a descoberta de várias maneiras certas de fazer as mesmas coisas tornam-nas intolerantes a posturas rígidas de comando. Não respeitam cargos nem currículos, mas admiram a competência real e o comportamento ético. Desejam contribuir com inovações, receber recompensas e reconhecimento explícito pelo bom trabalho e sentir que fazem diferença. Precisam perceber claramente o papel de sua colaboração para o funcionamento do todo maior.

Portanto, o desafio essencial é descobrir que, na realidade de hoje, e na sociedade de redes, a convivência inter-gerações é um processo diário de aprendizagem recíproca. Nas palavras de Paulo Freire: Não há ninguém que tudo saiba, nem ninguém que nada saiba. Tudo se  resume a uma troca de saberes.

quarta-feira, 18 de dezembro de 2013

Empreendedorismo, produtividade e mentalidade empreendedora

Esse vídeo é uma entrevista super descontraída do Seiiti Arata com a jovem empreendedora Bel Pesce. Ela fala um pouco sobre sua vida: infância, faculdade, seus hábitos diários, família etc. E também dá muitas dicas sobre como ser patrão do seu próprio negócio.Vale a pena assistir e entender como pensam pessoas empreendedoras de sucesso.


Wikipedia

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